quarta-feira, 19 de novembro de 2008

sauropodes boiavam na agua?


Os saurópodes – os maiores e mais pesados dinassauros que já existiram – boiavam em água, segundo nova teoria.
Um paleontologista americano usou simulação digital para investigar como animais extintos se sairiam, quando imersos em um lago ou um rio.
Ele descobriu que os animais poderiam boiar, dando crédito à idéia de que rastros pouco comuns, fossilizados, teriam sido feitos por sauropodos boiando na água.
Os detalhes do estudo foram publicados na revista científica Biology Letters.
De cabeça para baixo
"Estávamos, a princípio, usando o computador para ver o que crocodilos poderiam fazer. Por brincadeira, coloquei um saurópode, e fiquei surpreso por ver que ele boiaria", explica Donald Henderson, da Universidade de Calgary, no Canadá, responsável pela simulação digital.
Ele realizou testes usando quatro conhecidos dinossauros da família dos saurópodes, o apatossauro, o braquiossauro, o camarassauro e o diplodoco. Todos conseguiriam boiar na água.
Se eles se afastassem das margens dos rios ou lagos, provavelmente perderiam o equilíbrio e rolariam de lado, disse Henderson, embora seus pescoços pudessem impedir que ficassem totalmente de cabeça para baixo.
Quando os primeiros fósseis de saurópodes foram descobertos, no século 19, a maioria dos paleontologistas criou uma teoria de que os animais seriam aquáticos por causa de seu grande tamanho.
A teoria perdeu força nos anos 40, quando um pesquisador americano propôs que, se um saurópode fosse submerso em vários metros de água, a pressão sobre seu sistema respiratório seria tanta que o animal não sobreviveria.
A teoria dependia de que eles tivessem corpos muito pesados, que os fizessem afundar até o fundo. No entanto, descobriu-se depois que os saurópodes teriam vértebras curtas ou ocas, permitindo-os boiar na água.
"Me parece que os saurópodes gostavam de terra firme e não passavam tanto tempo na água. Nós encontramos suas pegadas junto a margens, sugerindo que eles foram lá para beber água, mas também encontramos em terra firme", disse o professor Martin Lockley, geologista da Universidade do Colorado, Estados Unidos.

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