As cristas ósseas que coroam as cabeças de alguns dos dinossauros dotados de bicos semelhantes aos dos patos podem ter sido usadas para produzir rugidos graves e plangentes, de acordo com novas pesquisas. Exames de tomografia das passagens nasais desses dinossauros sugerem que - como no caso dos adolescentes humanos-, as vozes dos animais talvez mudassem à medida que eles envelheciam, e que os dinossauros tinham a capacidade de reconhecer indivíduos da espécie com base apenas em suas vozes.
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Os dinossauros dotados de bicos semelhantes aos dos patos, conhecidos como lambeossauros, viveram entre 85 milhões e 65 milhões de anos atrás, no período cretáceo tardio. As cristas ósseas muitas vezes complexas que coroavam suas cabeças continham longas e tortuosas passagens nasais, e sua função vem sendo debatida há décadas. Por exemplo, já houve hipóteses que as descrevem como ferramentas de comunicação, sistemas de refrigeração cerebral, formas de refinar o faro - ou até como tubos de respiração para mergulho.
O novo estudo, apresentado na metade de outubro durante a conferência anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, em Cleveland, Ohio, sustenta a teoria de que os dinossauros usavam as cristas para se comunicar em tons de baixa freqüência.
"Mais e mais provas vêm surgindo quanto a esse tipo de comportamento", apontou Terry Gates, paleontologista do Museu de História Natural do Utah, que não participou do estudo. Mas até agora as provas de que os lambeossauros fossem capazes de ouvir esses chamados estavam ausentes. "Não importa que eles fossem capazes de fazer os chamados, caso seus ouvidos não pudessem captá-los", disse Gates.
Únicas como impressões digitaisNo novo estudo, cientistas de três universidades canadenses e norte-americanas usaram recursos de tomografia computadorizada para criar reconstruções digitais dos fósseis de cérebros e cavidades das cristas de quatro espécies diferentes de lamebossaurídeos.
O trabalho revelou que uma porção em forma de tubo no ouvido interno dos dinossauros, a cóclea, era sensível o suficiente para detectar os sons em freqüências graves que as cristas produziam. A equipe também estudou crânios de espécimes individuais de diversas idades, em cada espécie, e constatou que, à medida que os dinossauros amadureciam, suas cristas cresciam e suas passagens nasais tomavam formas diferentes.
"Os jovens têm apenas o começo de uma crista e passagens de ar ligeiramente expandidas", disse Lawrence Witner, paleontologista da Universidade do Ohio que participou do estudo. "À medida que envelhecem, começam a desenvolver passagens de ar muito mais tortuosas e cristas mais altas".
As mudanças variam entre os indivíduos, de modo que as cavidades nasais podem ter sido tão únicas quanto as impressões digitais humanas. Como resultado, os lambeossaurídeos podem ter tido singulares a ponto de permitir que seus chamados fossem distinguidos por outros animais, especula a equipe.
As imagens demonstram também que as regiões associadas a funções cognitivas mais elevadas eram maiores do que se imaginava anteriormente, possivelmente dando aos animais a capacidade cerebral necessária a identificar e decifrar chamados.
As tomografias cerebrais amplificam recentes descobertas que parecem negar a teoria de que as cristas eram usadas para melhorar o faro.
Trabalhos anteriores de uma equipe da Universidade do Texas constataram que as cavidades nasais no interior das cristas eram incapazes de detectar odores por não conterem tecido nervoso. Da mesma forma, o novo estudo revela que a região do cérebro que controla o faro era pequena demais para que os dinossauros pudessem processar muita informação adicional.
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Os dinossauros dotados de bicos semelhantes aos dos patos, conhecidos como lambeossauros, viveram entre 85 milhões e 65 milhões de anos atrás, no período cretáceo tardio. As cristas ósseas muitas vezes complexas que coroavam suas cabeças continham longas e tortuosas passagens nasais, e sua função vem sendo debatida há décadas. Por exemplo, já houve hipóteses que as descrevem como ferramentas de comunicação, sistemas de refrigeração cerebral, formas de refinar o faro - ou até como tubos de respiração para mergulho.
O novo estudo, apresentado na metade de outubro durante a conferência anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, em Cleveland, Ohio, sustenta a teoria de que os dinossauros usavam as cristas para se comunicar em tons de baixa freqüência.
"Mais e mais provas vêm surgindo quanto a esse tipo de comportamento", apontou Terry Gates, paleontologista do Museu de História Natural do Utah, que não participou do estudo. Mas até agora as provas de que os lambeossauros fossem capazes de ouvir esses chamados estavam ausentes. "Não importa que eles fossem capazes de fazer os chamados, caso seus ouvidos não pudessem captá-los", disse Gates.
Únicas como impressões digitaisNo novo estudo, cientistas de três universidades canadenses e norte-americanas usaram recursos de tomografia computadorizada para criar reconstruções digitais dos fósseis de cérebros e cavidades das cristas de quatro espécies diferentes de lamebossaurídeos.
O trabalho revelou que uma porção em forma de tubo no ouvido interno dos dinossauros, a cóclea, era sensível o suficiente para detectar os sons em freqüências graves que as cristas produziam. A equipe também estudou crânios de espécimes individuais de diversas idades, em cada espécie, e constatou que, à medida que os dinossauros amadureciam, suas cristas cresciam e suas passagens nasais tomavam formas diferentes.
"Os jovens têm apenas o começo de uma crista e passagens de ar ligeiramente expandidas", disse Lawrence Witner, paleontologista da Universidade do Ohio que participou do estudo. "À medida que envelhecem, começam a desenvolver passagens de ar muito mais tortuosas e cristas mais altas".
As mudanças variam entre os indivíduos, de modo que as cavidades nasais podem ter sido tão únicas quanto as impressões digitais humanas. Como resultado, os lambeossaurídeos podem ter tido singulares a ponto de permitir que seus chamados fossem distinguidos por outros animais, especula a equipe.
As imagens demonstram também que as regiões associadas a funções cognitivas mais elevadas eram maiores do que se imaginava anteriormente, possivelmente dando aos animais a capacidade cerebral necessária a identificar e decifrar chamados.
As tomografias cerebrais amplificam recentes descobertas que parecem negar a teoria de que as cristas eram usadas para melhorar o faro.
Trabalhos anteriores de uma equipe da Universidade do Texas constataram que as cavidades nasais no interior das cristas eram incapazes de detectar odores por não conterem tecido nervoso. Da mesma forma, o novo estudo revela que a região do cérebro que controla o faro era pequena demais para que os dinossauros pudessem processar muita informação adicional.
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