quinta-feira, 30 de outubro de 2008

estegoceras


O estegoceras foi um dos dinossauros mais interessantes que existiu, em parte devido ao emaranhado de nomes que lhe foram atribuídos, mas também devido às explicações quanto ao seu crânio em forma de domo.
Esse paquicefalossaurídeo foi descrito pela primeira vez em 1902, por Lawrence Lambe, que acreditava se tratar de uma nova espécie de ceratópsio. No entanto, materiais posteriores sugeririam que era um parente do estegossauro. Foi apenas em 1924 que paleontologistas compreenderam que se tratava de um paquicefalossaurídeo. Em seguida, um crânio quase completo e um esqueleto parcial foram descritos por Charles Gilmore, mas ele acreditava que se tratasse de um troodonte. Por fim, o animal foi corretamente classificado e recebeu o nome de estegoceras, ou "teto chifrudo".
O estegoceras é um pequeno paquicefalossaurídeo com um crânio bem desenvolvido e em forma de domo. Esse dinossauro era parente próximo dos paquicefalossaurídeos com crânios em forma de domo como o paquicefalossauro, prenocéfalo e o Stygimoloch.
Sabemos muito sobre o estegoceras porque existe um esqueleto (o outro único paquicefalossaurídeo preservado com seu esqueleto é o homalocéfalo) e muitos crânios parciais de indivíduos jovens e adultos. O domo do estegoceras era achatado nos animais jovens, mas crescia e se tornava espesso nos adultos. Como existem muitos domos de estegoceras no histórico fóssil, sabe-se que dois tipos de domos existiam entre os adultos. O mais espesso e pesado pode ter pertencido a machos, enquanto os mais finos e mais baixos talvez pertencessem a fêmeas.
O estegoceras pode ter usado seu crânio espesso para disputas de cabeçadas. Os machos travavam essas disputas pela conquista de fêmeas ou territórios. Isso também ajudaria a explicar por que os domos dos crânios masculinos eram mais espessos. Existe um outro indício de que esses animais travavam disputas de cabeçadas. O invólucro do cérebro, a parte de trás do crânio e a espinha mostram que forças eram impelidas do domo e através da cabeça, contornando o cérebro e descendo a espinha até os membros. Dessa forma, animais como o estegoceras eram capazes de resistir às tensões do combate travado com a cabeça, da mesma maneira que bodes e carneiros fazem atualmente.

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